quinta-feira, 25 de junho de 2009

Em busca de uma pilha...!!!

O post que se segue relatará uma situação caricata que eu e o meu professor de mergulho, Ewerton passamos no Hospital de Camboriú...!!!
Assim que chegámos a Itajaí, depois do mergulho na Ilha do Arvoredo, dirigimo-nos até à UNIVALI para descarregar o material. Nessa altura as dores no meu ouvido direito era de tal forma incomodativas, que nem o analgésico que tinha tomado durante a viagem estava a ajudar!
O Ewerton, que já sabia do meu problema, assim que todo o material foi descarregado, levou-me rapidamente para Balneário, onde parámos em dois hospitais. Em ambos, estavam apenas de serviço médicos de clínica geral, e o Ewerton achou melhor eu não ser consultada naquela altura. A dor começava agora a ficar adormecida por causa do efeito do medicamento. Passámos por uma farmácia onde comprei um medicamento mais indicado para a dor de ouvidos.
Mas quando cheguei a casa, e depois de tomar um banho, limpei cuidadosamente o ouvido e qual não foi o meu espanto quando junto ao cotonete veio sangue. Isto deixou alarmada, e comuniquei imediatamente o Ewerton. A situação não era animadora, e o ideal seria ver o que se passava o mais rapidamente possível.
Fui então com o Ewerton ao Hospital de Camboriú, com o objectivo de ver se tinha tido uma ruptura do tímpano. Tudo indicava que não seria tão grave, já que as dores que eu tinha não seriam características de uma ruptura de tímpano, de qualquer forma o ideal era ver o que se passava...
Assim que entrei naquele hospital não tive a menor dúvida, aquele era o pior hospital onde já tinha entrado!!!
Lá entrei para uma sala onde um médico novato me perguntou do que me queixava. Contei-lhe a história e de seguida quando ele me ia observar o ouvido, qual não é o meu espanto quando o oiço dizer que "Infelizmente não a posso observar"! Porquê?! Questionei-me eu! A verdade é que o aparelho para observar os ouvidos não tinha pilha, é isso mesmo NÃO TINHA PILHA, como é que isto pode ser?! O Ewerton, que via tudo aquilo de perto, disse que iria comprar a tal pilha necessária.
Saímos dos dois do hospital em busca da pilha (do tipo C), corremos Camboriú e nada da pilha, fomos a 3 postos de gasolina, e nenhum deles tinha o raio da pilha! Tivemos de voltar a Balneário Camboriú, onde apanhámos ainda aberto um supermercado, e lá compramos a pilha! Voltámos ao hospital de Camboriú, já na posse da dita cuja. O médico lá me observou os ouvidos, e confirmou que de facto o direito estava inflamado e com sangue e o esquerdo não tinha nada. De qualquer forma o ideal era na segunda-feira consultar um especialista.
Quando saímos do hospital, olhei para o Ewerton e confessei-lhe que não dava para acreditar em toda aquela situação, que tínhamos corrido uma hora atrás de uma pilha, só para o médico dizer que um ouvido estava bom e o outro não, até parecia que ele tinha ganho o curso de medicina na Farinha Amparo!!! eheheh
Na 2ª feira, fui a uma consulta num otorrino, que me confirmou que não tinha tido nenhuma ruptura de tímpano, mas que tinha sofrido um barotrauma em ambos os ouvidos.
Barotrauma de ouvido médio, é o mais comum no mergulho e é uma dor causada pelo aumento ou diminuição de pressão no ouvido médio.
Não tinha sido nada de grave, e um anti-infamatório para eliminar o sangue tomado durante 5 dias seria o suficiente para me recuperar rapidamente. Em duas semanas estaria recuperada e poderia voltar a mergulhar!!!

domingo, 21 de junho de 2009

My best dive...Arvoredo!!!

20 de Junho

Neste dia seria a última saída de mergulho, e mais uma vez à Ilha do Arvoredo. A saída da UNIVALI estava marcada para as 7h, e por volta das 9h já estávamos em Bombinhas, local onde embarcamos para mais uma aventura na Reserva Biológica Marinha da Ilha do Arvoredo.
Bombinhas

A escola de mergulho que nos deu apoio em material, principalmente garrafas!

Assim que chegamos a Bombinhas o ritual é sempre o mesmo, forma-se uma corrente humana e através desta todo o material passa de mão em mão até chegar ao barco. No entanto, de forma a aliviar as costas de todos, as garrafas, que são o material mais pesado, são transportadas com a ajuda deste carrinho...

Força ai galera!!!

Carol, eu e Maiára

prestes a embarcar...

o nosso meio de transporte até à Ilha do Arvoredo!! ATHOBÁ

10 Regras básicas para um mergulho ecológico!!!

lindas paisagens que podem ser deslumbradas durante toda a viagem até à ilha...
se calhar é melhor não confiar no Comandante...!

fotossíntese!!! tão bom

Dia maravilhoso de solzinho gostoso....


Para este dia estava programados dois mergulho. O primeiro com o objectivo de realizar um exercício com a bússola, onde assim que chegássemos ao fundo, sinalizávamos a nossa posição com uma bóia e dois elementos do grupo ficaria a segurar a trena, enquanto os outros dois elementos puxaria a trena até aos 30m de comprimento. Assim que se atingisse essa distancia, seria enviado um sinal através de um puxão nesta. De seguida os dois que tinha ficado parados iria ao encontro dos outros. O objectivo final era desenhar um triângulo e com a ajuda da bússola chegar de novo à nossa bóia sinalizadora. Mas a maior dificuldade encontrada nesse dia foi a corrente, o que fez com que não tivéssemos conseguido com sucesso chegar logo à nossa bóia, só após algum exercício de natação conseguimos lá chegar!
O segundo mergulho seria de navegação onde poderíamos mergulhar mais perto das rochas e com isso poder usufruir dos melhores quadros de paisagens subaquáticas da ilha.
No primeiro mergulho correu tudo bem!! Mas no segundo mergulho, houve uma altura em que eu e o meu grupo nos perdemos uns dos outros e, seguindo as regras do mergulho, se em 15 segundo não encontrarmos nenhum dos companheiros, subimos todos, reunimo-nos à superfície e só depois mergulhamos novamente. Foi o que aconteceu! Nessa altura já não tínhamos muito ar, mas iríamos descer só mais uma vez para aproveitar mais alguns minutos e depois voltaríamos para o barco assim que o primeiro elemento do grupo atingisse a reserva. Descemos todos novamente, mas eu assim que cheguei ao fundo senti uma forte dor no ouvido direito, fiz sinal ao grupo, e subi gradualmente sempre tentando fazer correctamente a compensação dos ouvidos, mas parece que não estava a dar resultado, subi então até à superfície e terminamos o mergulho ali.
Nadamos até ao barco e a dor continuava, mas assim que chegámos ao barco a dor tinha parado, tanto que achei por bem pedir ao professor Ewerton para ficar mais um pouco na água. Eu e a Maiára fomos então apenas de máscara e snorkel para tirar algumas das fotos que se seguem...
let´s go?!
glu glu glu...

a espectacular biodiversidade desta reserva marinha...

rastaaaaaaaaa into the water

grande companheira de mergulho.... Maiára

uma espécie de hidromedusa

Deixando a linda Ilha do Arvoredo!!!

Eu e o Mineiro

Renata, Igor, eu e Kadu

Espero voltar... quem sabe um dia!
Apesar da dor que sentia no ouvido, este tinha sido, sem dúvida, o melhor mergulho de sempre, onde tiveram cerca de 7 metros de visibilidade, inesquecível!!!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Uma breve visita ao Laboratório de Biologia

Como grande amante da Natureza e da Biologia em geral ainda não tinha surgido a oportunidade de conhecer o Laboratório de Biologia da UNIVALI. Mas um dia destes quando passeava na faculdade e em conversa com a minha colega de casa, ela disse-me que alguém da faculdade, no decorrer de um projecto, tinha encontrado numa praia aqui perto de Itajaí, na Penha, um exemplar de lula com um tamanho fora do comum, então ela convidou-me para subir até ao 1º andar do bloco 20, onde se encontra o Lab. de Biologia para observar o tal animal encontrado.


Bem vindo ao Lab. Biologia!!!

vista panorâmica

a lula encontrada naquele dia

A seguir apresento-vos algumas fotos que tirei no laboratório de várias espécies de animais que se encontram ali, embalsamados ou conservados dentro de frascos em formol.
tartaruga marinha

iguana

cabeças de alguns caprinos

vários exemplares do Filo Artropoda, da Classe Crustacea.

aves marinhas

ave tropical

armaduras bocais de tubarões



tubarão lixa bébé

várias espécies de serpentes

exemplares do Classe Anfibia

várias espécies de eslasmobranquios, tubarão martelo, pata-roxa...

variadíssimas espécies de aves, garça, coruja, tucano...

albatroz, ave com maior comprimento de envergadura.

Tamanduá mirim, espécie de mamífero que habitam na Mata Atlântica, ocorrendo por todo o Brasil. Vive calmamente nas copas das árvores e alimenta-se de cupins, formigas e larvas.

aMiGa Do AmBiEntE!!!

Nestas últimas semanas tenho tido oportunidade de conhecer mais pessoal da faculdade, desta vez o pessoal que faz Engenharia Ambiental, que também estuda no bloco 20, e tem sido bastante bom o convívio com todos eles!

Durante o feriadão fui convidada para participar de um jantar em casa de alguns deles, e como é óbvio não podia recusar este convite desta galera tão gente boa, ainda por cima quando o jantar se trata de uma deliciosa peixada, comida que eu tanto aprecio.

Para o jantar tinham escolhido tainha, um peixe que pelo menos em Portugal penso que não é muito apreciado pelo público, mas aqui parece que não é bem assim. Agora é a época da pesca à tainha, e na costa sul catarinense são várias as praias interditas devido à actividade.

Não me lembro se já tinha comido tainha antes, no entanto esta era uma boa oportunidade para experimentar novos sabores, além disso, toda a gente falava na famosa peixada de tainha.


CASA ROOTS DOS AMIGOS ENG. AMBIENTAIS

A casa onde se realizou o jantar, é uma casa diferente de todas as outras casas onde já tive aqui, talvés por ser uma casa e não um apartamento como é habitual, tem jardim com inumeras plantas e árvores de fruto, e está decorada de uma forma bem alternativa, paredes escritas com várias mensagens, vários objectos feitos pelos própios habitantes da casa, enfim, bastante personalizada e acolhedora.

O Jardim

algumas das plantas para consumo próprio ou apenas decoração

cortinado bem alternativo feito de canas

mensagens sabias do grande REI, Bob Marley

um dos vários espanta espiritos que estão espanhados pela casa,
feito pelo Gi, um dos morador da casa...

... até a dentadura de um pobre tubarão se pode encontrar nesta casa ...

Cá está o nosso cozinheiro, Chefe Marmota!!!

... próxima paragem grelhador! e depois estômagos famintos

Guta na pinga tipíca daqui, o butiá!

vamos lá ver se isto é bom ou não.... é bom, muito bom mesmo, bem docinho!

Guta e Marcelinha

... a engenheira ambiental mais louca que conheco, de nome Maria Augusta, para os amigos, Guta!

já de barriga cheia de tainha!

Marmota preparando o quentão (vinho tinto quente, que é misturado com cachaça e frutas), bebida típica da época jonina...