quinta-feira, 30 de abril de 2009

Forró Bodó na Festa de Biologia!!!

Até agora a festa mais publicitada foi a festa de Biologia, no bar Porto Santo em BC. Ainda faltavam 3 semanas para a festa e já andava a Marcela a falar a toda a gente que no dia 20 de Março havia a tão esperada festa de Biologia. Esta foi uma "baladinha" organizada por estudantes de Biologia, e cujo lucro será utilizado para as suas formaturas. Entende-se por "formatura" aqui no Brasil, o final do curso e todo o ritual de celebrações que dele advém. É o equivalente em Portugal, por exemplo, à Queima das Fitas em Évora ou a Benção das Pastas em Faro, entre outros nomes que lhe são atribuídos dependendo da região ou cidade.

Para esta festa foi escolhido um grupo bem atractivo, onde só o nome fala por si...FORRÓ BODÓ!!! Só pelo nome a noite já prometia... E é claro, que mais uma vez, os tugas não faltaram a mais esta "baladinha", que prometia muito pé de dança.

O forró é uma festa popular brasileira, de origem nordestina e a dança praticada nestas festas, é conhecida também por arrasta-pé, bate-chinela, fobó, ou forrobodó. No forró, vários ritmos musicais daquela região, como baião, a quadrilha, o xaxado e o xote, são tocados, tradicionalmente, por trios, compostos de um sanfoneiro (tocador de acordeão - que no forró é tradicionalmente a sanfona de 8 baixos), um zabumbeiro e um tocador de triângulo.
O forró possui semelhanças com o arrastar dos pés dos índios, com os ritmos binários portugueses e holandeses e com o balançar dos quadris dos africanos. A dança do forró tem influência directa das danças de salão europeias.

Como eu já tinha falado num outro post, no forró quem comanda a dança é o homem, e esta consiste então em dois passinhos para um lado e dois passinhos para outro, tentando claro, acompanhar o ritmo da música.

Eu já tinha ido a um forró na Brava, mas nesse ninguém me "pegou para dançar", fiquei mais a observar a "ciência do negócio". Já neste, assim que eu entrei no bar "me pegaram logo para dançar". No inicio fiquei meio sem jeito, mas logo logo apanhei o jeito da coisa. Algum tempo depois já todo mundo tinha dançado com todo o mundo e foi a noite inteira em puro exercício físico, parecia uma aula de aeróbica!
Marcela a ensinar ao Luis, a técnica do forró!

Mas o ponto mais alto da noite foi, quando a Paula, uma amiga que também faz Oceanografia, e que também estudou um ano em Faro juntamente com a já tão falada Marcela, encontrou uma "comanda"de alguém no chão ("comanda" é aquele cartão que entregam à entrada do bar e onde se regista o que se consome). Esse alguém, de nome Eduardo, e que a galera gentilmente passou a tratar por Edu, teve o azar de perder a sua comanda, e esta ir parar às nossas mãos que logo começamos a usar e abusar dela. Cerveja para todo o mundo!!!! O facto de o Edu ter perdido aquela comanda ia-lhe ficar bem cara aquela noite, no mínimo 300 reais, cerca de 100 euros. E o bar naquela noite de certo que o maior prejuízo, porque aquela comanda ficou bem cheia!! eheheh



Paula e Ruan dançando forró a alta velocidade!!!


Mas o mais engraçado ainda estava para vir, pois até então ninguém sabia quem era esse tal Eduardo. Qual não é o nosso espanto, quando a Paula dançavam com um cara, que ela não conhecia de lado nenhum e descobriu que o nome dele era Eduardo! Bem ai, foi risada geral!

Na hora de ir embora, trouxemos a comanda do Edu connosco e já na rua, tiramos algumas fotos para mais tarde recordar aquela noite memorável.


Até houve batatinha para a galera!!!


A nossa recordação do Edu...a comanda!!

Já não aguentava mais de tanto rir por causa da história da Paula e do Edu

Fim de noite...vamos para casa galera!!!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A cidade onde moro... Balneário Camboriú!!!

Às 13h20m do dia 25 de Fevereiro, cheguei ao aeroporto de Navegantes, o destino final da minha viagem. Lá fui calorosamente recebida pela Marcela e o seu pai, Luís. Rapidamente peguei na minha bagagem e saí logo daquele aeroporto; e pensei, tão depressa não quero ver aeroportos à minha frente, aquela viagem tinha sido exaustiva.

Seguimos então para casa da Marcela, em Itajaí. Navegantes e Itajaí são duas cidades separadas pelo rio Itajaí Açu, e para atravessá-lo, carros e pessoas são levados de um lado ao outro do rio por um ferry boat que demora cerca de 20 minutos a fazer esta travessia.
Como o combinado com a Marcela, ficaria em casa dela nos primeiros dias da minha estadia no Brasil, e durante esses dias procuraria um sitio para morar. Não havia pressa, teria algum tempo para conhecer todas as hipóteses e escolher o que era melhor para mim.

As hipóteses eram então principalmente três: Itajaí, Praia Brava ou Balneário Camboriú!

Logo no dia da minha chegada, conheci a Praia Brava, praia que pertence à cidade de Itajaí, e que fica a cerca de 5 km desta. Foi paixão à primeira vista pela Brava,e por momentos imaginei-me a viver ali, a ir e vir para a Faculdade de bicicleta, a olhar aquele mar lindo todos os dias pela manhã cedo...


Praia Brava no dia em que cheguei.



A maioria dos estudantes da UNIVALI vive numa cidade um pouco mais distante de Itajaí, Balneário Camboriú. Esta cidade conhecida como a capital do turismo do estado de Santa Catarina, é constituída principalmente por 3 grandes avenidas que são paralelas entre elas: Avenida Atlântica (junto à praia), Avenida Brasil (a no meio) e a Avenida do Estado. Existe ainda a Avenida Central que atravessa estas 3 outras avenidas na perpendicular. As 3 grandes avenidas são ainda intersectadas por dezenas de ruas, as quais em vez de nomes, tem números, e que de norte em direcção à Av. Central os números decrescem, e desta para sul crescem.
Para qualquer um, a primeira vez nesta cidade é um pouco confuso, mas com o tempo logo nos habituamos a tudo, aos números das ruas que muitas vezes não seguem uma ordem certa, entre algumas varia de 10 em 10, outras de 100 em 100, aos prédios enormes que parecem todos iguais, o transito constante, umas vezes intenso, outras vezes mais um pouco tranquilo, ao fernezim de 24 horas sobre 24 horas em que esta cidade vive!
Balneário Camboriú (BC) é sem dúvida uma cidade que tem vida 24 horas por dia, pois são vários os estabelecimentos que estão sempre abertos como, farmácias, "lanchonetes", etc. Facto que traz algumas vantagens aos os seus habitantes, pois algo que seja necessário será fácil encontrar algum estabelecimento aberto que tenha. Consequentemente, este movimento constante torna a cidade segura, pois se for necessário andar na rua à noite, há sempre gente a circular. Outra vantagem desta cidade é que (e por lá habitarem muitas pessoas, principalmente estudantes, que trabalham ou estudam em Itajaí) há autocarros (no Brasil conhecidos como ônibus) com muita frequência, mais ou menos de 15 em 15 minutos há um ônibus para Itajaí. A distância entre Itajaí e BC são exatamente 12 km, e de ônibus é mais ou menos uns 20 minutos.


Vista da paragem de ônibus na Av. Atlântica, onde quase todos os dias apanho o ônibus!




Vista de BC a caminho da Praia do Coco.

Na hora da escolha de um sítio para morar tentei pesar todas as vantagens e desvantagens de cada hipótese, por um lado a Brava, uma praia linda, ruas ainda de terra, casa pequenas e acolhedoras; mas no inverno e com a chuva, ruas totalmente enlameadas e de difícil acesso mesmo a pé, e a maior desvantagem era o meio de transporte para lá chegar, ônibus só de uma em uma hora. Esta foi a principal razão pelo que escolhi viver em BC.


Um amanhecer na Brava...



Umas das ruas da Brava, só terra!


Por outro lado BC, uma cidade grande e cheia de prédios de um lado e de outro, barulho e um movimento constante, mas com as vantagens de ter sempre qualquer coisa aberta a qualquer hora do dia e principalmente os ônibus de 15 em 15 minutos.

Morar em Itajaí foi sempre a minha última alternativa, pois apesar de ter a vantagem de estar relativamente perto da UNIVALI, tinha algumas desvantagens, ser mais perigoso andar na rua à noite, a maioria dos estabelecimentos fechar às 19h, e só até as 22h ficam abertos alguns supermercados.


Uma das avenidas mais movimentadas de Itajaí.



Estive instalada em casa da Marcela, em Itajaí, nas duas primeiras semanas, até me decidir ir viver para BC e encontrar alguém com quem pudesse partilhar um apartamento. Mudei-me então para Balneário no inicio de Março e partilho um apartamento t2 com uma "guria" (termo utilizado, principalmente no estado de Santa Catarina, para designar menina ou rapariga) que também faz o mesmo curso que eu, Oceanografia. O nome dela é Luana.

O apartamento onde habito, localizado na Rua 1101 entre a Av. Atlântica e a Av. Brasil, já era habitado, apenas pela Luana há já um ano. E assim que eu conheci a Luana, logo na primeira semana de aulas, ela ficou a saber que eu andava à procura de um apartamento para morar.
Até então, a Luana sempre tinha vivido sozinha, portanto estava habituada a não partilhar o seu espaço com ninguém, isso fazia com que eu não tivesse muitas hipóteses a meu favor em ir viver com ela e, aproveitar a oportunidade de uma casa que, a renda era a mais barata que qualquer outra que eu tenho visto antes. Mas um pouco de paciência e tempo ditaram a minha sorte, quando no dia 5 de Março recebi uma mensagem da Marcela que dizia ¨Ihu! A Luana topou dividir contigo o apartamento¨ , que noticia boa esta, já tinha um lugar para morar...

Dia 9 de Março mudei-me para a minha casa nova, até então ainda não a tinha visto, não sabia onde era nem como era. O apartamento é pequeno mas simpático; o meu quarto aqui é bem mais pequeno do quarto que tinha em Gambelas, mas também eu também só o visito para dormir. Até porque, alternativas não me falta, pois o que mais há no meu quarto são camas...eheheh! 3 camas, um beliche e uma cama individual.
Estou relativamente pouco tempo em casa, pois o meu dia começa bem cedo e a grande parte dele é passado na faculdade.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Quando a fome aperta e na carteira restam apenas alguns reais...

Dia: 17 de Março de 2009


Hora: quando apertou a fome, lá para as 20h...

Local: Balneário Camboriú - Avenida Atlântica

Restaurante: Habib´s

Este foi mais um episódio vivido por 3 tugas que tem a sorte de estar no Brasil e, que por vezes, quando o dinheiro é pouco, existem restaurantes como o Habib´s para saciar a fome dos mais desesperados por um pouco de comida...

Habib´s que significa "querido" em árabe, é uma rede de fast-food de comida árabe, com vários restaurantes espalhados por todo o Brasil. Da sua ementa fazem parte esfihas (de que se pronuncia esfirra) de carne, frango e queijo, quibes e beirutes.

Este dia tinha sido mais um dia cansativo de aulas, e quando chegámos a BC, a vontade não era muita para cozinhar, então lá fomos nós experimentar o Habib´s.

O melhor que o Habib's tem é sem dúvida o preço, cada esfiha é 50 centavos (cerca de 16 cêntimos), e neste dia nós pedimos várias de todos os sabores que tem. Ao contrário de Portugal, onde a comida fast-food mais barata é o Mc Donald's aqui o Habib's vence! Aliás o Mc Donald's aqui é bem mais caro de que em Portugal!


Luis, Renato e eu, e o nosso amigo Galo!

Um dos produtos mais caros vendidos aqui no Brasil, é nada mais nada menos do que o azeite!!! Para nós portugueses é um crime ter que dar 8 euros por uma garrafinha de apenas 400ml de azeite! Em contrapartida poupamos noutros produtos que são extremamente baratos aqui, como por exemplo, produtos de higiene e carne.

O nosso amigo Galo, a cantar desde 1919... eheheh!Alinhar ao centro

E este é o aspecto das esfihas, fazem lembrar umas mini pizzas, e são bem saborosas. As minhas preferidas são as de frango, as amarelas nesta foto.

Esfihas de frango, carne e queijo de especto delicioso!

Humm que maravilha...esfihas e um suco de laranja natural!

sábado, 25 de abril de 2009

Apanhada pela enchente

Pois é, para as pessoas quem pensam que o Brasil é praias e sol, estão muito enganadas!!!

O estado de Santa Catarina foi devastado por várias enchentes em Novembro do ano passado, onde choveram dias seguidos, o que fez com que inundasse inúmeras cidades. Uma das cidades assoladas pela enchente foi Itajaí, e na UNIVALI, não houve aulas durante 2 semanas por causa da enchente. A UNIVALI inclusive serviu de abrigo para pessoas e mantimentos, e os seus estudantes ajudaram no resgate e salvamento várias pessoas.

Aquilo que presenciei aqui nas primeiras semanas, foi uma pequena amostra do que aconteceu em Novembro de 2008, no entanto não vou deixar de vos mostrar o que uma chuva intensa durante 20 minutos pode fazer em algumas das ruas de Itajaí.
As fotos que se seguem são vistas da varanda da casa da Marcela bem no centro de Itajaí!

A água quase chegou aos orelhões...

Neste dia a água subiu até meio metro de altura!

A semana passada, dia 23 de Abril, choveu o dia inteiro, e à noite a vista da minha rua em Balneário Camboriú era esta. Impressionante não?! Neste dia vários carros avariaram na rua porque o nível do mar subiu mais do que qualquer um pensasse.


Uma piscina à porta de casa...

Um Golf com os minutos contados...

E no dia seguinte e este o cenário, ruas completamente enlameadas, onde são gastos litros e litros e agua para serem limpas. Quem limpa estas ruas, por incrível que pareça não são funcionários da prefeitura, mas sim moradores da rua, que usam maquinas de alta pressão para limparem a sua própria rua de toda esta lama e terra que desce lá dos morros que constituem a Mata Atlântica.


Rua 1101 em Balneário Camboriú depois da última enchente...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Primeiros eventos sociais!!!

A minha integração tão rápida aqui no Brasil foi devida apenas a uma pessoa…a Marcela! Foi ela que me apresentou à maioria das pessoas que conheço, e quem me levou às primeiras baladas.
Juntas fomos à inauguração do Sushi Ya em Balneário Camboriú, dois dias após a minha chegada. Lá conheci algumas amigas da Marcela, que fazem curso com ela, a Mel e a Ita.



Restaurante Sushi Ya.


A primeira balada onde fui aqui em Itajaí, foi a uma com música bem característica daqui…o forró. Teoricamente parece fácil, mas na prática não é tão fácil quanto isso. São apenas dois passinhos pra um lado e dois passinhos para o outro. Mas a grande ciência desta dança é quando é dançada com um homem que entendam bem do assunto e que saiba comandar as “tropas”.

Dany, eu, Sabrina e Mar :) no forró...


No kiwi, eu a Jana, o Renato, o Luís, a Marcela e a Dessa, numa noite bem animada!!!

A primeira festa onde eu e os tugas fomos com o pessoal da faculdade, foi na Casa do Roque na Praia Brava. A casa do Roque é um espaço onde, para além de viverem pessoas, é onde também se realizam algumas festas. Neste dia foi festa de Biologia e, como era de imaginar toda a galera da faculdade estava lá.

Eu e os tugas na festa de Biologia!!!


Como era início de ano lectivo, houve algumas festas com a caloirada, e como é óbvio os tugas intercambistas marcaram presença mais uma vez. Desta vez foi uma festa do curso de Oceanografia que se realizou em casa de uns veteranos do curso.

"Trote" como eles chamam aqui à praxe, consiste em os caloiros pedirem dinheiro nos semáforos (geralmente perto da universidade), muitas vezes cobertos de tintas ou água de peixe, no caso de se tratarem de caloiros do curso de oceanografia, e reunirem uma quantia estipulada pelos veteranos. Assim que os caloiros conseguirem o valor, entregam esse dinheiro aos seus veteranos e estes vão comprar cerveja para todos e nessa noite a galera junta-se para beber uns canecos.


Mar, Tata, eu e Angelina no 2º Trote de Oceanografia.

Nesta altura o meu pé esquerdo latejava após um corte num copo de vidro partido que tinha sido esquecido no quintal da casa onde se realizou a festa. Com o pé ensanguentado fui prontamente socorrida pelos donos da casa. Depois de todo aquele incidente pude sorrir de alívio pois o corte não era assim tão profundo e não havia necessidade de ser cosida.

Eu e a Marcela depois de um grande susto!!!

A minha família de acolhimento

Como não podia deixar de ser, tinha de dedicar um post do meu blog à família que tão bem me acolheu, a família da minha querida amiga Marcela.

Vou começar pela Marcela, uma pequena grande mulher, que tive a sorte e o privilégio de conhecer em Portugal à um ano atrás, que estudou em Faro, onde fez também intercâmbio na minha universidade.

O que posso eu falar deste ser extraordinário, concerteza faltar-me-ão palavras para descrever a genuidade que a caracteriza, assim como a amizade que tem pelo próximo.

Posso dizer que hoje é já uma pessoa que faz parte da minha vida, e por quem eu tenho um grande carinho e consideração por tudo o que fez por mim.



Eu e a Marcela


Mas não posso deixar de falar também dos pais e irmão da Marcela...

Mercedes (a minha mãe adoptiva brasileira), como qualquer mãe, sempre preocupada com o meu bem estar, alimentação, roupa, etc., apesar da vida atarefada que leva entre a casa e o trabalho. Cozinha maravilhosamente bem, e fez os melhores pratos que já comi desde que cheguei.

Luís (o pai de família), arquitecto de profissão, um tenista profissional, um grande desenhador de cartoons, e ainda um músico de gaita de beiços. Já me ensinou as notas na gaita, agora só tenho de treinar.

Fabrício, o irmão casula, estuda administração também na UNIVALI. Um fanático por futebol como bom brasileiro que é, e o seu clube do coração é o grande Sport Club Internacional de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul. Com ele conheci as grandes diferenças de termos dentro do futebol entre Portugal e o Brasil... expressões genialmente cómicas!

Com todos eles partilhei os momentos mais familiares desde que estou no Brasil, como o aniversário da Mercedes e do avô da Marcela.



Luis, Mercedes, Fabrício, eu e Marcela


Outro momento bem familiar foi na época da Páscoa, o almoço da sexta-feira santa, que se realizou em casa da Marcela e que contou com a presença dos habituais membros da familia da Marcela, pais e irmão e ainda com uns tios e primos dela.

Este almoço teve ao cuidado da "chefe mítica eborense", que preparou para este dia, e já que não se podia comer carne neste dia de acordo com as normas da igreja católica, dois pratos de bacalhau. Um deles, bacalhau espiritual, o outro, bacalhau à Gomes de Sá.

Pratos que fizeram a delícia dos presentes, e que acabaram na hora, sem hipótese para mais tarde recordar!


Almoço de Páscoa em casa da Marcela

Primeiros dias de aulas...

26 de Fevereiro de 2009 (quinta-feira)

UNIVALI - Itajaí

Teoricamente as aulas na UNIVALI começariam dia 26 de Fevereiro (quinta-feira), mas como era o regresso das férias grandes, a maioria dos alunos só iriam na segunda-feira.

No entanto, como aluna exemplar que sou, lá fui eu ao primeiro dia de aulas, para ter apenas uma aula, prática de Ficologia (disciplina que estuda as algas, e que me dará equivalência a Botânica Marinha).

Nesse dia aproveitei logo para me inscrever a todas as disciplinas, e são elas: Orgânica, Ficologia, Ecofisiologia Vegetal Marinha, Microbiologia Marinha, Planctologia, Paleoceanografia, e Técnicas de Mergulho Autónomo.

O meu horário durante os próximos 6 meses será então:
Segunda-Feira
8h00m - 9h40m: Ecofisiologia Vegetal Marinha (teórica)
9h50m - 12h40m: Planctologia (teórica)
13h30m - 16h00m: Planctologia (prática)

Terça-Feira
8h00m - 9h40m: Ficologia (teórica)
9h50m - 11h30m: Orgânica (teórica)
13h30m - 16h10m: Paleoceanografia (teórica)
17h10m - 18h50m: Mergulho (teórica)

Quarta-Feira
8h00m - 9h40m: Microbiologia Marinha (teórica)
9h50m - 10h40m: Microbiologia Marinha (prática)
13h30m - 15h10m: Orgânica (prática)

Quinta-Feira
13h30m - 15h10m: Ficologia (prática)

Sexta-Feira
8h00m - 9h40m: Ecofisiologia Vegetal Marinha (prática)
15h20m - 17h00m: Mergulho (prática)



27 de Fevereiro de 2009 (sexta-feira)

Neste dia apesar de ter ido bem cedo para a faculdade (ás 8h da manhã já lá estava) não tive aulas, porque tanto os alunos como os professores ainda curtiam os últimos dias de férias.

Foi só neste dia que soube, que assim como eu, havia mais dois portugueses a fazer intercâmbio na UNIVALI, também eles no curso de Oceanografia.

Luís Leite, 23 anos, já licenciado e quase mestre em Meteorologia e Oceanografia Física na Universidade de Aveiro, veio em intercâmbio para o Brasil realizar o projecto de fim de mestrado que apresentará só em Portugal no final deste ano!
Renato Mendes, 22 anos, já licenciado e a cursar o mestrado também em Meteorologia e Oceanografia Física na Universidade de Aveiro, veio em intercâmbio para o Brasil para fazer, assim como eu, algumas matérias que lhe faltam para completar o curso!


Eu, Renato e Luís na faculdade.

De início pareceram ambos simpáticos, e a amizade por eles surgiu naturalmente. Avizinhava-se então muitos momentos de diversão juntos!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A caminho do outro lado do Oceano Atlântico!!!

Dia 24 de Fevereiro de 2009

11h30m da manhã

Aeroporto de Lisboa


Uma mistura de sentimentos apoderou-se de mim, a ansiedade de uma viagem tão desejada, a emoção da partida, de deixar durante 6 meses de ver a família e os amigos, o receio por não saber o que me esperava num pais tão distante do meu, mas acima de tudo a adrenalina de viver uma experiência nova e diferente...uma viagem que mudaria a minha vida de certeza absoluta!

A despedida foi intensa, mãe e pai abraçaram-me emocionadamente e pediram-me que tivesse cuidado com tudo!
A Sara e a Russa que também estavam lá, abraçaram-me também e desejaram-me sorte e que me divertisse!
Pedidos e desejos que até hoje lembro e os quais tento seguir o melhor possível...

Já no avião, o coração disparou do peito assim que levantei voo... daqui a 6 meses estarei de volta pessoalinho!!!

Uma das vistas mais lindas que vi do avião, uma cadeia montanhosa, penso que seja os Pirineus!

A viagem até Frankfurt decorreu tranquilamente. Tive alguns problemas com o meu voo de Frankfurt para São Paulo, mas nada que não se resolveu na hora!

De Frankfurt para São Paulo a viagem já foi um pouco mais agitada, pois apesar de ser noite, e tudo indicava que daria para dormir, teria dado se um gordo israelita que ia ao pé de mim não se lembrasse de dormir e babasse para cima do meu ombro!

Com tudo isto, o desejo de chegar a Navegantes (aeroporto mais próximo da cidade onde ia estudar - Itajaí) crescia a cada minuto, mas assim que vi a Marcela no aeroporto respirei de alívio!


Assim que chegamos a Itajaí, almoçamos, e logo em seguida a Marcela levou-me a conhecer a Praia Brava!

Praia Brava


Assim que vi aquela praia, apaixonei-me no instante, e logo pensei, é aqui que eu quero viver, bem juntinho ao mar... mas tinha acabado de chegar, e ainda havia muita coisa para ver, e decidir qual o melhor para mim em termos de facilidade.

Depois seguiu-se uma visita à UNIVALI, que estava desértica, pois as aulas só começariam no dia seguinte!

Bloco 20, o "melhor" bloco da UNIVALI!


A UNIVALI (Universidade do Vale de Itajaí), como o próprio nome indica localiza-se no vale de Itajaí e possui linda vista de um pouco da verdejante Mata Atlântica, portanto ao redor de toda a universidade é só verde, verde e mais verde!

Já de regresso a casa da Marcela, passámos ainda por alguns locais turísticos da cidade de Itajaí como a antiga prefeitura e a Igreja Matriz.


Antiga Prefeitura de Itajaí


Igreja Matriz


Mas assim que chegamos a casa, o cansaço era tal que adormeci logo, e foram 13 horas que dormi e as quais me restabeleceram da longa viagem de quase 24 horas.